Como é sabido o ser humano compreende-se em dois termos o homem consciente e o homem inconciente ou em outras palavras o racional e irracional e até mesmo inartístico e artístico, isto explica o fato de podermos ser sensíveis o bastante para compreender o mundo e suas transformações e capazes de traduzir essas informações e aplicá-las de forma prática para criação de tecnologias que melhoram as nossas vidas.
A arquitetura é um meio prático para que possamos compreender como se dá essa transição do olhar artístico para o mundo real e como esse mundo real pode afetar o inconsciente pois a arquitetura exerce uma força sobre nosso inconsciente mostrando quem poderiamos ou queriamos ser isso ocorre porque o homem no processo da criação personifica nos objetos que cria valores humanos almejados que nos afeta através das experiências visuais propostas.
É o que podemos ver na obra do gênio Oscar Niemeyer "Que sensações esta imagem te proporciona?"
Esta é uma imagem do Teatro Popular de Niterói-RJ uma obra que faz repensar nossos conceitos de espaço que fala de como a vida pode ser leve e despretenciosa na beira do mar, cada um ao olhar e sentir a obra vai descobrir um valor personificado em sua forma, valores de democracia, futuro, passado, avanços e aprendizado.
Essa é a grande intenção da arquitetura usada como *linguagem dissociativa transmite por processo de semiótica conhecimento e experiências proporcionando através das artes avanços cientificos práticos que proporciona melhores modos para compreender e habitar o mundo.
Arq. Fabio Figueiredo
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*Linguagem dissociativa é a dissolução das sensações em estruturas básicas que são compreendidas através do processo da semiótica.
"Dissociação é um estado agudo de descompensação mental, no qual certos pensamentos, emoções, sensações e/ou memórias são ocultados, por serem muito chocantes para a mente consciente integrar."
Acessado em 31/12/2008 http://pt.wikipedia.org/wiki/Dissocia%C3%A7%C3%A3o_(psicologia)
Fontes
ALAIN, De Botton; A ARQUITETURA DA FELICIDADE; Ed. Rocco, 2007.
ECO, Umberto; OBRA ABERTA; Ed. Perspectiva, 2003.
FERRARA, Lucrécia D'Alessio; OLHAR PERIFÉRICO.